domingo, 30 de dezembro de 2007

O MANTRA DO ANO QUE CHEGA

'Coisas do azul
Pedaços do céu
Escrevam aqui mesmo
Meu sonho meu mel'
COISAS DO AZUL 2008 - GILSON CHVEID OENÉ

Parece um poema! Que 2008 seja assim também: reflexivo, intenso, bonito e significante =]

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Amores

Hoje é o aniversário dos maiores amores de minha vida: meu filho Pedro e minha sobrinha Bia =)
Ela nasceu no dia em que Pedrinho fez 1 ano! A vida é tão generosa que no dia em que meu 1º amor aniversariou, me presenteou com meu 2º amor - nem sei como agradecê-la por tanto, mas sei que foi (e é) um dos dias mais felizes de minha vida, que se renovam diariamente.
Como nem tenho palavras para expressar, escrevo o que escrevi - e pensei - quando Pedrinho nasceu:
"No teu primeiro instante de vida, a minha estrela não apagou-se, partiu-se em duas.
E lá no alto, uma delas te espera, será tua.
Nada te posso dar se não um nome e essa estrela.
Se acreditares em estrela, vai buscá-la".
(Fernando Sabino)

Pedro Felipe = 6 anos
Amanda Beatriz = 5 anos.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Diariamente



Que todos os nossos dias possamos ter mais consciência, racionalidade e afeto pelas pessoas, não apenas em um =)
Ilustração de Simone Mendes :)

Natal

Estava pensando hoje onde foi que errei, quando a magia se quebrou e o natal deixou de ser importante para mim.
Lembro que quando criança era a época de que eu mais gostava: aliás, eu torcia pelo mês de dezembro, por vários motivos - meu aniversário, as farrinhas do ano novo, mas principalmente pelo ar que eu acreditava haver por conta do tal espírito natalino. Onde isso deixou de existir para mim?
Tem quem realmente ainda acredite de verdade no sentido do natal?
Será que foi quando percebi o sentido de hipocrisia que invade a maioria das pessoas nessa época? Ou que eu vi que realmente não tinha sentido, para mim??
(...)
O que eu sei é que prefiro ser uma pessoa mais ética e de bem com a vida durante a maioria dos dias do ano, não apenas em uma data específica. Só isso.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O amor romântico re-visto ;)



"No amor romântico, mulher boa é mulher morta.
Vejam o exemplo de 'Branca de Neve', ela era boa e morreu... Sua mãe também, era boa, e morreu... Ela era uma doce e ingênua garota e sofreu na mão da madrasta má, quando por acaso se safou da morte foi viver como mulher submissa junto com os anões, só que mesmo assim, ela morre...
Mas um príncipe apareceu e salvou sua vida, na imagem do amor romântico o príncipe é o homem que todas as mulheres procuram, o salvador, aquele que vai aparecer em nossas vidas e nos salvar de tudo...
E a madrasta? Por que ela odiava tanto a Branca de Neve? Porque ela era uma mulher emancipada que se olhava no espelho, que se achava bonita, e ela odiava ver o quanto a Branca de Neve era boba e submissa.
E toda mulher independente odeia mulheres submissas".
(Márcia Tiburi)
;)

A idéia sobre o 'amor romântico' é bem interessante e tem minha aceitação. Só não odeio as Brancas de Neve, hahahhhaha



domingo, 16 de dezembro de 2007

Eu via pela varanda de minha casa...


Tinha esse e outro coqueiro, e era tão lindos...
Eram de minha vizinha, mas como moro nesse apartamento há quase 7 anos, sentia um pouco como se fossem parte de mim, tb...
Pois bem, essa semana 'a dona' deles mandou cortá-los, pq disse que sujavam mt o quintal.
Honestamente, nem tenho argumento para isso: me parece o tipo de percepção de pessoas que não sentem que 'tudo é uma coisa só', e que a mesma vida vibra nas pessoas, nos animais, nas plantas, enfim, nas diversas formas de vida;;;
C'est la vie...

sábado, 15 de dezembro de 2007

Dias felizes

Sim, às vezes são raros,,,
Mas ultimamente em minha vida têm sido freqüentes. Talvez pq eu cansei de ter crise existencial... Talvez pq ñ quero mais olhar os maiores defeitos que tenho... (Nietzsche certa vez indagou: 'Quanta verdade vc agünta?!' Não mt...)... Talvez pq eu tô farta de pensar demais, e gostaria mais de ser um legume.
Nietzsche (de novo!) dizia que a principal diferença entre o homem e a vaca é que a vaca não vive com angústia, e assim pode simplesmente existir. Entendo o que N. queria dizer, mas tb me pergunto: será que isso é realmente viver, e ñ apenas existir?? Sim, para o nosso filósofo seria apenas existir: as pessoas diferentes não iriam nessa 'moral de rebanho'.
Putz! Isso me leva à crise existencial novamente!! Mas estou aprendendo a lidar com elas: não fugindo, nem ignorando, mas aceitando e vivendo bem: elas fazem parte de mim, elas sou eu, tão eu quanto meu riso e minhas mãos, minha voz e meu sexo, minha inquietude e desesperança.
****
"É claro que você sofre, esse é o peso da razão... Você não é uma vaca e eu não sou o apóstolo da ruminação." (F.N.)

domingo, 2 de dezembro de 2007

Novembro

Esse mês acabou e tanta coisa aconteceu.
Coisas novas, normais, interessantes e outras nem tanto.
Bem, a vida é bem linear e irreversível. Acho que já está na hora de agitar isso aqui, fazer mais coisas interessantes ocorrerem, esquentar o cotidiano :)


Estou pensando tudo isso, suponho, porque acabei de reler "Assim falava Zaratustra", de Nietzsche. Para ser honesta, não é esse um dos livros dele que mais gosto: me identifiquei mais com "O Anticristo" (O.o, pq será?!) e "Além do bem e do mal", entre outros.
Mas, a idéia do 'eterno retorno' me fascina: "Complete sua vida"; "Morra na hora certa"; "Não deixe nada por viver".

Acho essa idéias fortes, fascinantes, humanas! Sei lá, quero ser com Einstein e Spinoza, que tiravam o chapéu para as fascinantes leis e mistérios da natureza, e viver. Não quero esperar por algo de outra vida, ou por um fantasma que dizem ser onisciente, mas ñ sabe nada do que é ser humano, em todos os sentidos... Como diria Camus: Só quero outra vida ser for igual a essa" (O Estrangeiro, leiam, é ótimo!)

Em suma, é isso: a vida! E que dezembro, que ontem se iniciou, seja tão bom quanto eu mereço =)

sábado, 17 de novembro de 2007

As coisas boas da vida


Em um mundo engraçado como esse, como ficar de mau humor?
"Uma gaivota na Escócia desenvolveu o hábito de roubar 'Chips' de uma loja.
Ela espera o atendente se distrair, entra na loja e agarra um pacotinho de 'Doritos Queijo'. Lá fora, o pacote é rasgado e ela divide com os outros pássaros.
O episódio começou no início do mês quando ela entrou pela primeira vez na loja em Aberdeen, Escócia. Desde então, ela é um 'cliente' assíduo. Sempre pega o mesmo tipo de salgadinho. Os clientes começaram a pagar pelos pacotinhos roubados por acharem o fato muito engraçado. Prestem atenção na diferença na velocidade dela quando entra na loja e depois quando sai, já com a 'compra' no bico.
Hilário. "


hahahhahahahhahha, Realmente, muito malandra! Até parece brasileira, no bom sentido, claro, hahhahahhaha
Mas ñ posso deixar de acrescentar: As coisas boas da vida...? Para mim:
praia+caldinhos+cerveja+sol quente+amigos+risadas;
Ouvir música/filme/fofocas com os amigos;
Ler 'aquele' livro que eu tanto queria no momento;
Passear pela cidade;
Estar com minha família;
sorvete,chocolate,vodka,pizza,cerveja,comidacomidacomida - e de perferência, tudo junto, ao mesmo tempo!!!
E muuuuuuuuuito mais!!!!!
As coisas boas da vida é... viver :)

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Pernambuco =)


Só quem é PERNAMBUCANO entende!!!!!

- Botão de som é pitôco;

- Se é muito miúdo é pixotinho;

- Se for resto é cotôco;

- Tudo que é bom é massa ;

- Tudo que é ruim é peba;

- Rir dos outros é mangar;

- Ficar cheio de não me toque,frescura é pantim;

- Já faltar aula é gazear;

- Colar na prova é filar;

- Quem é franzino (pequeno e magro) é xôxo;

- O bobo se chama leso;

- E o medroso se chama frouxo;

- Tá com raiva é invocado;

- Vai sair, diz vou chegar;

- "Cabra" (homem), sem dinheiro é liso;

- A moça nova é boyzinha;

- Pernilongo é muriçoca;

- Chicote se chama açoite;

- Quem entra sem licença emburaca;

- Sinal de espanto é "vôte";

- Tá bêbado, tá bicado;

- Quando tá folgado, tá folote ou afolozado;

- Quem tem sorte é cagado;

- Pedaço de pedra é xêxo;

- Quem não paga é xexêro;

- O mesquinho ou sovina é amarrado, muquirana, mão de vaca, pirangueiro;

- Quem dá furo (não cumpre o prometido ou compromisso) é fulero;

- Gente insistente é pegajosa;

- Catinga de suor é inhaca;

- Mancha de pancada é roncha;

- Briga pequena é arenga;

- Performance ou atitude de palhaço é munganga;

- Corrente com pingente é trancilim;

- Pão bengala é tabica;

- Desarrumado é malamanhado;

- Pessoa triste é borocoxô, macambúzo;

- "É mesmo" é "Iapôis";

- Borracha de dinheiro é liga;

- Correr atrás de alguém é dar uma carrera;

- Fofoca é fuxico;

- Estouro aqui se chama pipôco;

- Confusão é rolo.

É assim que acontece, visse?


SER PERNAMBUCANO É...

- Considerar Reginaldo Rossi Rei;

- Acreditar que a Recife é mesmo a "Veneza Brasileira;

- Defender o frevo, mas não fazer um passo sequer (apenas "dançar com os dedos");

- Amar as pontes do Recife sem conhecer o nome de uma apenas;

- Preferir botecos a fast-food;

- Gostar de qualquer música que fale de sertão, mangue, etc.;

- Gostar de comer caranguejo;

- Saber o significado das palavra "pirangueiro","pantim e "mangar";

- Achar que José Pimentel é a cara do Cristo;

- Ter orgulho de dizer que o sonho de todo cearense é ser pernambucano, e que todo baiano tem inveja de pernambucano; -

Adorar bolo-de-rolo e suco de pitanga;

- Ir ao Alto da Sé em Olinda apenas para ver Recife ao longe e comer tapioca;

- Saber a delícia que é um bolo de bacia com caldo de cana;

- Correr no Parque da Jaqueira e depois se empanturrar de caldo de cana na saída;

- Jantar olhando para a lua incrivelmente linda na praia de Boa Viagem;

- Achar que Recife seria melhor se os holandeses tivessem permanecido;

- Admirar Mauricio de Nassau mesmo sabendo pouco sobre ele;

- Conhecer a história de Biu do Olho Verde e da Perna Cabeluda;

- Freqüentar a praia em frente ao Acaiaca;

- Tomar água de coco na praia;

- Ficar sempre dividido entre a beleza de Porto de Galinhas e Itamaracá;

- Ter saudade da Livro 7;

- Saber distinguir entre o Maracatu do Baque Solto do Maracatu do Baque Virado;

- Conhecer todas as músicas de Alceu Valença e Geraldinho Azevedo;

- Saber quem é Lenine e que ele canta o Recife;

ACHO ATÉ QUE VOCÊ PODE TIRAR UMA PESSOA DE PERNAMBUCO, MAS NUNCA PODERÁ TIRAR PERNAMBUCO DE UMA PESSOA!


Achei isso na net e acrescentei algumas coisas, hhahahaahahha Ser pernambucano é tudo isso e um pouco mais. Amo demais Recife, orgulho de ser pernambucana :)

sábado, 10 de novembro de 2007

Hoje

Hoje estou muito triste em lembrança do amigo que se foi, Zóltan.
Se eu pudesse, não existiria mais o cfch. E em homenagem a ele, plantaria um jardim de margaridas no local, regado à muita mpb, bossa nova: João Gilberto, Nara Leão, Chico Buarque... Porque é assim que ele merece ser lembrado.
Evoé, Zóltan!

sábado, 20 de outubro de 2007

Sobre a inversão de valores

Se há algo que ultimamente tem me chateado é a inversão de valores de algumas pessoas, inclusive dos chamados intelectuais. Explico-me:

Há alguns dias,o apresentador Luciano Huck foi assaltado, e escreveu um artigo em que demonstrava sua indignação. Pessoalmente, achei o artigo um tanto prepotente, mas entendo o que o cidadão Huck passou e sentiu - na verdade, acho que todo o mundo que já teve uma arma apontada na cabeça sabe também: além do medo, a raiva diante de um/a vagabundo/a que leva o que nos custou trabalho.

Pois bem: qual a minha surpresa quando vejo que a maioria das respostas dos leitores solidarizou-se com o ladrão em questão, evidenciando a desigualdade brasileira, que faz com que essa seja a única 'oportunidade' que pobre tenha. O próprio cantor Zeca Baleiro (do qual eu gosto muito das músicas e considerava um cara inteligente) arrisca: 'A elite brasileira é engraçada! Só lembra que há desigualdade no Brasil quando levam seu rolex.' Seria cômico, se ñ fosse trágico...

Já que o país é tão desigual, pode-se roubar à vontade para equilibrar a balança!!!

Essa inversão de valores é tão grande que esquecemos um preconceito ferrenho nisso tudo: que pobre só nasceu para ladrão (ou vcs acham que político que rouba milhões ñ é ladrão tb?). Na prática,o discurdo de pessoas que defendem essa demagogia é isso: 'Huck é rico, o que custa um rolex para ele? Agora para aqueles pobres coitados...'

Bem, então faremos como Raul Seixas há tanto tempo aconselhou irônicamente: !''A SOLUÇÃO É ALUGAR O BRASIL!'

Quero deixar claro que ñ estou simplesmente à defesa de L.H., mas sim contra esse maniqueísmo, essa falsa moral que age dessa forma: rico ou pobre, mauricinho ou largadão, estudante, desempregado... NINGUÉM deveria passar por essa violência, e (pior!) ser desrespeitado com um discurso desse tipo: 'é pobre, coitado, ñ teve outra opção de vida'. Para mim, isso é apologia ao crime. E isso, como pessoa e cidadã, me ofende.

Definitivamente, se falar desse jeito é ser 'do bem', eu ñ sou.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Recomeço

Com fascínio e afeto, ela contempla o mar que se estende à sua frente. Se sente tão diminuta, tão insignificante diante desse mar, que se percebe como um grão de areia dessa praia. Mas isso é tão bom... É tão bom sentir-se integrada a isso tudo, tão bom se perceber como parte dessa maravilhosa evolução - Uma evolução que demorou milhares de anos para que essa moça nascesse.

Sentindo-se parte de um elo dessa corrente, ela contempla o mar, e agradece à vida por tudo o que viveu, e sente-se feliz - na verdade, em êxtase: naqueles raros momentos em que os seres humanos sentem-se (nem que seja por minutos) completos, confiantes da vida, envolvidos pela vida, absortos na vida.

Então, ela respira fundo, dá às costas ao mar, e pensa: já está na hora de recomeçar. Vai embora para casa, serena, decidida que já era hora de recontar sua história.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Pensamentos

O que sente? Nada.
Em que acredita? (Passa em seu pensamento idéias abstratas: na humanidade, nas pessoas, na vida) em suma: em nada.
O que deseja? Não sabe...
[Não sei se penso em tudo, ou se tudo me esquece...]
Custa tanto viver! Um desejo intenso de viver coisas, uma saudade que não passa do que não viveu, uma vontade constante de se afirmar, mas ñ para os outros, para si própria... acreditar que não é mais aquela garotinha que corria para a varanda de casa esperando pela volta da mãe - que um dia simplesmente não voltou.
[Não sei se sou feliz, nem se desejo sê-lo...]
Cada vez mais esse 'não sentir' lhe dá agonia, como uma reviravolta no estômago: Afinal, o que há de errado com ela?
Por quê cada vez que lhe elogiam ela olha para a pessoa com desconfiança, tentando saber através da expressão do rosto do outro se isso é verdade ou zombaria?
Por que esse constante sentir-se gauche na vida?
[Por que fiz eu dos sonhos a minha única vida?]
Uma coisa é certa: cada vez mais se convence que ela ñ é nada daquilo que falam (inteligente, amiga, alegre, confiável...). Sente-se mal por tudo isso: parece que está enganando as pessoas que ama. Pior: parece que cada vez engana mais a si mesma.
Percebendo sua solidão como palpável, ela suspira. Nem lágrimas para chorar tem... Quem ela é, se pergunta. E, no mesmo instante, vem-lhe o pensamento: 'E você vai agüentar saber, de verdade?'

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

No coments :P

Sem inspiração, sem poesia, sem nada interessante (se um dia houve) para falar. Minha vida tá precisando de mais paixões...
Também, com essa *&¨¨%$$$#@ de dissertação a escrever, o que vc queria?!

sábado, 22 de setembro de 2007

Anos dourados

Parece que dizes
Te amo, Maria
Na fotografia
Estamos felizes
Te ligo afobada, e deixo confissões no gravador
Vai ser engraçado se tens um novo amor...
Me vejo ao teu lado
Te amo, não lembro
Parece dezembro
De um ano dourado
Parece bolero
Te quero, te quero
Dizer que não quero
Teus beijos, nunca mais
Teus beijos, nunca mais.
Não sei se eu ainda
Te esqueço, de fato
No nosso retrato
Pareço tão linda
Te ligo ofegante
E digo confusões no gravador
É desconcertante
Rever o grande amor...
Meus olhos molhados
Insanos
Dezembro
Mas quando eu me lembro
São anos dourados
AINDA TE QUERO!
Boleros, nossos versos são banais...
Mas como eu espero
Teus beijos, nunca mais...
Teus beijos, nunca mais...
(Tom Jobim e Chico Buarque)
[Porque o que eu desejo para um dia bom é música do Tom com letra do Chico]

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Harry Potter


Não me venham com esses papos pseudo-intelectuais sobre ler livros que são tidos como infantis, que isso não me convence. Além do quê, demonstra um grande preconceito pela literatura infantil, e isso comigo não cola.


Ler os livros e ver os filmes de Harry Potter me remetem a um mundo de magia, onde há perigos (como no mundo real), mas também aventuras, amizade, alegria... Me passa a mensagem que não importa minhas habilidades, mas minhas escolhas... Me faz lembrar de quantas vezes na minha infância e adolescência eu desejei que houvesse um mundo assim.


E é com tristeza e alegria que vejo que aquela turminha que acompanhei durante anos tá acabando... ainda bem que temos 2 filmes pela frente, e 7 livros para reler quantas vezes for preciso :} E se me sentir perdida, basta recorrer ao 'meu mapa do maroto' e prometer: "Juro solenemente não fazer nada de bom".


E é isso que vale, bicho: a magia!

domingo, 26 de agosto de 2007

O encontro marcado

Estava mexendo em minha caixa de cartas, cartões, quando encontrei as cartas do Fernando. Me deu uma saudade tão imensa dele, do que ele escrevia (embora odiasse responder cartas), de seu humor fino, suas observações críticas, seu jeito de falar, que sempre repetia: ‘Nunca exija das pessoas o que elas não podem dar’.

A, querido Fernando, como você era lindo, feliz, pleno! Como faz falta a esse mundo!!! Lembro quando li pela primeira vez O encontro marcado, como aquele livro me encheu, me alargou, instigou, me fez ter um outro olhar para a vida... Na impetuosidade de meus 15 anos, escrevi para aquela autor, que (glória de minha vida!) responde à carta!

E assim se inicia uma correspondência de quase 6 anos, que só veio ter fim com sua morte: lembro de minha cartas, comentando alguns livros, contos, de suas respostas, de livros que ele mandava com dedicatórias repletas de bom humor e afeto...

Devo a Fernando muito do que sou hoje... Devo àquele que nasceu homem e morreu menino o privilégio de ter tido essa amizade que me foi – e é – tão importante, e a gratidão por ter me mostrado ‘o que é’ literatura.

Te amo pra sempre.

“No fim dá tudo certo, se não deu, é porque não chegou ao fim”.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Recife


Recife... Com suas praças e pontes, com sua gente e música, com seus rios, edifícios, alegria, cultura, belezas...

Recife... quanto mais vejo, mas amo, admiro, quero!!! Por mais que eu queira viajar,por mais que eu queira partir, quero acima de tudo, voltar.

Recife é minha referência de vida, alegria, beleza... O Recife Antigo é onde eu quero ir com as amigas, a praia de Boa Viagem é para passar as tardes de sábado com Courtney tomando cerveja e bebendo caldinhos, jogando conversa fora... O Parque Treze de Maio é para recordar a infância e levar meu Pedrinho, para daqui a alguns anos ele ter o que recordar... As pontes? Para passear à toa com Bel, Rafa, Jane, Angélica ou Lu (ou todas juntas), para rir, contar, gargalhar...

Recife! Tão pouco, difícil te definir... Talvez a melhor definição é aquela em que falei, naquela noite de 31 de dezembro àquela americana louca: Aqui, a gente sabe ser feliz.



Admito: eu tenho a alma e a cara dessa cidade.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Sonhos

O homem atrás do bigode
É sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos.
O homem atrás dos óculos e do bigode.
(...)
Meu Deus, por que me abandonaste
Se sabias que eu não era Deus,
Se sabias que eu era fraco.
Drumonnd
(Como seu Drumonnd sabe me definir, meu deus!!)
Eu te digo: estou tentando captar a quarta dimensão do instante-já que de tão fugidio não é mais porque agora tornou-se um novo instante - Já que também não é mais. Cada coisa tem um instante em que ela é. Quero apossar-me do é da coisa... Quero possuir os átomos do tempo. E quero capturar o presente que pela sua própria natureza me é interdito: o presente me foge, a atualidade me escapa, a atualidade sou eu sempre no já.
Clarice Lispector
(Quero beber a vida, a goles, a copos, a garrafadas...)
Contemplo o lago mudo
Que uma brisa estremece
Não sei se penso em tudo
Ou se tudo me esquece
O lago nada me diz
Não sinto a brisa mexê-lo
Não sei se sou feliz
Nem se desejo sê-lo
Trêmulos vincos risonhos
Na água adormecida
Por que fiz eu dos sonhos
A minha única vida?
Fernando Pessoa
(E por que ainda vivo fazendo desses sonhos minha vida? Por que preciso deles para viver, crêr, existir? Em que parte de mim sou eu, e são eles? Nós nos complementamos...? Como faço para separá-los da 'realidade'...? Serei eu uma mera imagem de meus sonhos...? Ou só me tornarei autêntica na medida em que me tornar o que desejo ser...?)
...

domingo, 19 de agosto de 2007

No Ônibus


Imaginem a cena: Agamenon Magalhães. Congestionamente de mais de uma hora. Calor. Cansada e esfomeada depois de um dia inteiro de trabalho. O fulano sentado ao seu lado quase deitando em cima de seu colo. Impaciência misturada com raiva misturada com chatice aguda da sicrana em questão.
De repente, não mais que de repente, o ônibus anda alguns metros, sai daquele inferno, cruza rápido o viaduto da Joana Bezerra. Uma das grandes paixões da vida dela (vento no rosto), a sauda, e ela olha para o belo rio abaixo do viaduto.
Daí vem aquela sensação por ela conhecida, sensação de alegria interior misturada com paz de espírito, misturada com satisfação: 'Mas eu estou viva', ela pensa, 'Na verdade, isso é o que importa'.
=)

sábado, 18 de agosto de 2007

Sobre o inferno

Faz tanto frio aqui em Candeias que ultimamente estou com uma idéia fixa:
O inferno não deve ser esse mar de chamas que a galera fala, não. Deve ser frio, pegajoso, úmido, com essa umidade que dói os ossos...
Nessas noites que o vento não para de gritar, parece que do meu cérebro brotam cogumelos.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Cartas

Adoro receber cartas, cartões... sempre me pareceram sentimentos de amor, amizade, afeto, alegria, tudo isso e um pouco mais, declarados, confessos e guardados.

Inclusive, se a pessoa um dia deixar de sentir aquilo por mim, tenho um trunfo: "Aqui está meu velho! Já foste meu (a)!!! Agora me esqueceste, ñ é?? Mas já foste meu!!!" - Sim, tal como o Cebolinha, tenho planos de conquistar a rua (no meu caso, o mundo).

Bem, mas voltando às cartas, acho tão sedutora e carinhosa a idéia de que alguém parou alguns momentos e lá estava pensando em mim, no que escrever, no que contar... Sempre gostei de cartas longas, pq me passavam a sensação de mais pensamentos, sentimentos, emoções... até receber postais de amigos que estão do outro lado do mundo, literalmente: em Israel.

Passei um tempão vendo as imagens, lendo e relendo as mensagens, curtas, mas repletas de carinho e significados, igualmente: Bastava saber que, ao visitar um lugar bonito, alguém pensou em você. Poderia ter pensado em dezenas de coisas. Mas pensou em você.

Minha via-láctea

Comecei há pouco a pensar nas pessoas de minha vida. Lembrei de gente que na verdade nunca esqueci, de amigas (na época) inseparáveis e que hoje não vejo mais... Mas são pessoas que tornaram minha vida mais feliz, interessante, confortável, instigante: Sabe aquela amiga que sabe o que pensamos só ao nos olhar? Ou aquela que tem 'a palavra certa' no momento certo? E aquela outra que topa todas as aventuras, palhaçadas?? Ou aquela que nos diz a verdade, mesmo que doa, pq sabe que a gente tá fazendo merda??
Pois é: sou uma privilegiada pela vida, pois tenho - e tive - sempre pessoas assim ao meu lado, e com outras tantas características que não dariam nem para contar aqui. Características inclusive que não dão nem para explicar, as palavras não apreendem, é como um acidente de trem: só sentindo para saber. Tenho muito o que agradecer à vida, mas acima de tudo, tenho pessoas comigo que me bastariam, mesmo que eu ñ tivesse tanto a agradecer. Porque cada vez mais me convenço que a minha vida vale a pena de ser vivida assim - com as pessoas que amo. Elas me fazem feliz.
E olhe que outro aspecto (inato) meu é: eu gosto de gente! Eu acredito nas pessoas com uma ingenuidade boba, que por sinal já me fez sofrer um tanto, mas sempre serve para a gente aprender, né?! Aprender até que não é pq alguém nos fez sofrer que a gente tem que desacreditar nas outras pessoas, até pq ng deve pagar pelo erro que outro nos cometeu.
Afe, isso tá com cara de auto-ajuda! que merda!!! (Odeio auto-ajuda...). É melhor eu deixar claro então outro ponto meu, que é impressionante: Por que eu atraio pessoas que nem sequer gostam de mim?? Isso já me fez refletir bastante... por que, por que...?
Também já perdi muita gente em minha vida. Gente importante para mim, e que perdi por bobagem, por preguiça em manter contato, por egoísmo... resolvi então tentar fazer diariamente o que o velho Drummond aconselhava - não dar às pessoas uma carga maior do que elas podem carregar. E aproveitar a essência de cada momento com alguém que amo, já que a vida é feita dessa essência, desses pequenos momentos, não de feitos grandiosos (ou será que o grandioso é isso que tem de pequeno, de suave, de efêmero...?)
E cada vez acredito mais que mesmo aquelas pessoas que passaram foram (e são) importantes: não consigo crêr em idéias que dizem que 'amigo tem que ser assim', pq acho que cada pessoa é única, é importante, mas que pela própria vida - que segue, e como segue! - a gente às vezes acaba se perdendo; Mas como é bom encontrar um amigo que a gente não vê a muito tempo e lembrar do que vivemos, do quanto aquela pessoa foi importante, dos momentos que curtimos...
Acho que é isso: são pessoas que vêm para tornar nossa vida mais interessante, já que esse conjunto de poeira forma a via-láctea, que somos todos nós.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

nesse momento...

É, mas eu não posso deixar de pensar também nos reféns sul-coreanos que estão no Afeganistão.

Mafalda está certa: nem precisa de comentários, né?...


1ª vez

Sim, é a primeira vez que faço um blog... e já me pergunto: p/ quê fazer um blog?! Com uma dissertação para escrever... uma dúzia de trabalhos para colocar em dia... e racionalmente sei de tudo isso, mas estou aqui escrevendo.

Talvez seja porque há 4 dias atrás resolvi queimar meus diários, agendas que eu escrevia, contava meu dia-a-dia, me contava para mim mesma... naquela época, eu tinha um medo IMENSO de que alguém lesse tudo aquilo que eu contava: as angústias por 'aquele' garoto não te me notado; as palhaçadas com as amigas inseparáveis; as eternas brigas -e pior- indiferença com minha mãe... tudo o que eu vivia e o que eu queria viver. Isso de agendas dos 12-15 anos... as dos 16-22 não tive coragem ainda.

E não foi um ropante de loucura, ñ: foi algo pensado, calculado e feito. Se me arrependo? não sei... parece que perdi algo meu quando queimei aqueles diários, da menina que fui, do que sonhei... Mas era algo que eu sentia que tinha que fazer. Estranho, né?! E aqui estou eu contando tudo isso, eu que tinha medo que lessem o que escrevo, mas sinto também que é importante fazer isso aqui. Escrever isso aqui. Sei lá. Dá para entender?!

Estou agora sentindo saudades do que vivi, mas também do que não vivi... E eu preciso escrever. É isso. Só.