domingo, 26 de agosto de 2007

O encontro marcado

Estava mexendo em minha caixa de cartas, cartões, quando encontrei as cartas do Fernando. Me deu uma saudade tão imensa dele, do que ele escrevia (embora odiasse responder cartas), de seu humor fino, suas observações críticas, seu jeito de falar, que sempre repetia: ‘Nunca exija das pessoas o que elas não podem dar’.

A, querido Fernando, como você era lindo, feliz, pleno! Como faz falta a esse mundo!!! Lembro quando li pela primeira vez O encontro marcado, como aquele livro me encheu, me alargou, instigou, me fez ter um outro olhar para a vida... Na impetuosidade de meus 15 anos, escrevi para aquela autor, que (glória de minha vida!) responde à carta!

E assim se inicia uma correspondência de quase 6 anos, que só veio ter fim com sua morte: lembro de minha cartas, comentando alguns livros, contos, de suas respostas, de livros que ele mandava com dedicatórias repletas de bom humor e afeto...

Devo a Fernando muito do que sou hoje... Devo àquele que nasceu homem e morreu menino o privilégio de ter tido essa amizade que me foi – e é – tão importante, e a gratidão por ter me mostrado ‘o que é’ literatura.

Te amo pra sempre.

“No fim dá tudo certo, se não deu, é porque não chegou ao fim”.

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