quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Existe vida sem violência?

Quando assisto a um noticiário e vejo a ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, penso até quando iremos ver e achar natural tal barbárie. Penso o quanto já acostumamos com isso tudo, como se as coisas não tivessem soluções, como se houvessem 'grandes manipulações' ao redor daquele lugar que não permitem as pessoas viverem em paz. Não é verdade. Para mim, só há uma resposta pra isso: Muitas pessoas ainda não aprenderam a coexistir. Até porque é mais simples pegar em armas do que lutar, em nosso cotidiano, pelo diálogo, pela compreensão do outro. É mais simples atirar bombas à distância do que compreender que não é só 'o outro' quem está errado - Há muitos erros em nós, também.
Falemos de fatos: Israel É uma democracia (em muitos aspectos, até mais que o Brasil) em meio a estados totalitários; Israel é freqüentemente bombardeado por mísseis (em escolas, sinagogas, hospitais, casas...) de radicais pró-Hamas; Tem o direito - legítimo - de defesa; Mas essas restrições à Gaza DEVEM acabar. Ou então, a paz (ou 'Um silêncio com esse nome', como diria Drummond) nunca será real, palpável, será sempre uma perspectiva futura. E assim continuam matando crianças, civis, dos dois lados; continuam fomentando o ódio.
Eu acredito em um estado palestino, que possa coexistir com o judeu. Acredito nos ideias do Fatah, nos ideias de vários israelenses (judeus ou não) pró-Palestina. Eu acredito que todos nós (no Oriente Médio ou no Brasil, em Gaza-Jerusalém ou nos Aflitos-Ilha do Retiro) que a gente pode coexistir.
É acreditar e lutar por uma vida de não-violência. Parece utópico, mas a gente tem que sonhar e lutar sempre; Ou aceitar a violência, o hábito, como coisa natural.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Não Matarás.

Faz parte da natureza de todo ser humano consciente a reflexão.
E essa reflexão-conscientização- mudança de atitudes se faz cada vez mais urgente – As gerações mais recentes (nossos pais, avós e nós) conseguiram o que séculos anteriores várias e várias civilizações não conseguiram: ter a perspectiva real de acabar com o planeta. Ouvi certa vez em um documentário essa expressão: ‘Se a Terra pudesse falar, diria que nossa espécie é como um vírus, que a está adoecendo e matando’. Isso foi muito forte para mim, especialmente porque é verdade.
O mesmo refere-se á matança de animais. Não questiono o fato de pessoas sem acesso a outro tipo de alimentação (por várias questões: de saúde, financeira...) comerem um animal. O que questiono é que pessoas do nível cultural, financeiro, social (que é bem normal, abaixo,, inclusive, de muita gente), que têm informações e acesso, preferirem continuar a matar animais para comer. O ‘não matarás’ deveria servir para seres vivos de outras espécies, também. Mas infelizmente não têm servido nem para a nossa própria. (...).
Ética, Gentileza, Racionalidade... não são atitudes e princípios a serem tratados apenas com pessoas de nosso mesmo sexo, nível social, ou cor de pele; São também para com as outras espécies, com o nosso planeta, com todas os seres vivos ao nosso redor.
Não matarás.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

2008

Fé no recomeço do ciclo, de um novo ano que se inicia, de que a vida é boa e bela, que devemos sempre lutar por ela. Casa própria, realização de sonhos de uma pequena família. Quanta Alegria! O filho crescendo bonito, feliz, inteligente, questionador, birrento, danado, um menino com eu queria ter. O marido dos mais bonitos e amáveis, com tanta alegria no cotidiano que parece até indecente ser tão feliz. Uma casa cheia: de uma gata que se acha a dona do pedaço; de amigos que sempre são bem-vindos; de perspectivas de novas realizações e afeto.Trabalho, trabalho, trabalho. Ensino, planejamento de aulas, aprender com os alunos, ouvir dúvidas, reclamar da bagunça, bagunçar mais que eles. Pegar ônibus cheio e ir lendo diferente livros, ouvir/dançar com o mp4, sonhar com o dia em que não será preciso correr atrás de ônibus.Estudar muito, sempre: madrugadas acordada lendo feito uma louca, sair um parágrafo da dissertação parecia ser impossível, ouvir o desabafo dos amigos na mesma situação (cabelos em desalinho, rugas pelo stress, olheiras de cansaço). Defesa da dissertação: ansiedade, perspectiva, nervosismo, argüição. Aprovada com distinção, Mestre em Educação, UFPE. Mais uma etapa vencida.Grupo de Teatro da Aliança Francesa, a princípio com a idéia de ‘fazer algo diferente’. Perceber que teatro envolve estudos, disciplina, ensaios, responsabilidades, pesquisa, compromisso com o grupo. E que grupo! Quanto aprendizado, novas amizades, carinho, discordância, afeto. Teatro não é hobby.
26 anos, lembrando de quando tinha 12 e vivia na rua, sumia no mundo, andava de biclicleta pro todos lugares, tinha crises de riso aos 15, viajou só, sem ninguém, pra longe, aos 16 e viu como o mundo é maior que sua própria cidade, em muitos sentidos... 26 anos se sentindo tão absurdamente feliz e gauche na vida...!
2008?Trabalhar, estudar, encontrar os amigos, beber umas caipiroscas, amar cada vez mais a família, as pessoas que fazem a vida ser tão bela (As amigas que tanto contribuem: com seu riso, com seus comentários,com as discordâncias, com a honestidade, com o jeito particular que cada uma tem, com o jeito particular com que me cativou...), realização de sonhos, aprendizagem, alegrias, tristezas, alegrias, fé no recomeço, amiga que vai embora (com a fé de que volta), amigos novos conquistados, aprendendo a viver com as diferenças, stress, nervosismo, momentos de angústia, mas a certeza de estar sempre recomeçando.2008. Que 2009 seja repleto de coisas tão e mais belas, permeados por essa fé na vida, nas pessoas, em mim própria. Que 2009 seja MARA :)