quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Sobre a pressa de viver

Sou uma pessoa bem pragmática e nada romântica: Não há romantismo algum na escrita desse texto.
Mas há muito tempo me incomoda como as relações e sentimentos humanos estão sendo departamentalizados, coisificados em nossa sociedade.
Cada vez mais nos deparamos com exemplos de pessoas que têm perdido esse contato humano, a empatia pelo outro, o ouvir. Sei que vivendo em uma cidade agitada e de trânsito infernal como Recife temos cada vez menos tempo de fazer o que gostamos, de ver, falar com quem amamos, de apreciar os aspectos da vida. Sei e sinto tudo isso. Mas tento sempre resistir - sim, resistir. Não quero viver a minha vida sem de fato apreciá-la, assim como às pessoas e coisas que amo e me fazem bem.
Me preocupa e admito que até aborrece esse espírito de estresse que permeia o mês de dezembro. Como professora realmente é um mês agitado, de avaliações e toda a parte burocrática que faz parte do cotidiano escolar no fim do ano letivo, além do próprio cansaço físico, visto que o corpo pede (merecidas) férias. Mas não é essa agitação a que me refiro, até porque ela faz parte de meu trabalho: Me aborrece é  que dezembro tornou-se o mês das diversas confraternizações, um mês apressado, um mês que as pessoas se esbarram e agridem em centros comerciais para comprar, consumir, e se esquecem de olhar para o outro. 
Olhar para aquele amigo que era inseparável, mas que o cotidiano separou.
Olhar para dentro de nós mesmos.
Apreciar com olhos de criança o quanto a cidade se embeleza para o natal.
E lembrar qual o real sentido do natal...
Por que resolvemos nos prender nesse círculo? Por que optamos em ser conformistas e aceitar isso?
A gente muitas vezes se acostuma a tudo isso, mas não deveria.

ps:  Encontrei esse vídeo há dias e ele me foi bem ilustrativo. Se tiver paciência, veja. Vale a pena.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Recomeço

Sempre gostei de escrever, desde criança.
Lembro que escrevi diários, fiz agendas, fazia anotações em livros. Mas com a pressa cotidiana perdi muito disso, do escrever.
Havia até me esquecido desse blog.
Hoje resolvi voltar, aos poucos, a escrever. 
O que não quer dizer que escrevo bem.
O que não quer dizer que serei lida.
O que não garante que irá durar.
Mas, como tudo na vida: quem sabe?
O importante, sempre, é recomeçar.